sábado, 16 de outubro de 2010

[Tradução] Camilla Raven entrevistada pelo Femme Metal

Desculpem a demora para postar a tradução, mas alem de esses tempos estar bem corrido pra mim...meu inglês não é dos melhores mas me esforcei.....recorri a ajuda de nosso mais novo membro(Barbara Mello), para juntos trazer essa ótima entrevista para vocês traduzida e adaptada.....



Originalmente formada em 1997 e revitalizada com uma nova formação em 2006, a Brasileira Raveland, desde então vem fazendo um progresso co nstante rumo ao palco Mundial da atmosfera gótica/metal que mistura uma linha contemporânea com influência de bandas da decáda de 80. Já estam trabalhando no próximo álbum, e com a impressionante "... And A Crow Brings Me Back", lançado no ano passado e deve estar disponível por aqui em outubro, Femme Metal tirou um tempinho para conversar com a vocalista Camilla Raven para saber mais sobre a banda , a música, e o que o futuro reserva até 2011.

Oi Camilla, e uma recepção calorosa de todos na Femme Metal. Como está São Paulo hoje?

Camilla: Obrigada! São Paulo está com um clima louco como sempre, seca, quente como o inferno e, de repente frio. (Risos) Agora, bastante quente. (Risos)

E sobre você? Como você começou na música e que caminho te levou a ingressar Ravenland?

Camilla: Música sempre teve um papel importante na minha vida. Aos 12 anos, eu tocava em bandas de amigos, até que eu finalmente comecei a minha própria, que era o Thiphareth. Eu conheci Dewindson quando ele se juntou a minha banda como baixista. Até então, ele já tinha formado Ravenland. Aos 15 anos, comecei a estudar o violino e, como sempre usei o teclado para escrever. Como eu sou de Fortaleza, Nordeste do Brasil e Dewindson é de Brasília, ele decidiu se mudar para São Paulo a fim de lutar pela Ravenland.

A banda é conhecida no Brasil, mas relativamente novo para os ouvidos europeus. Você poderia nos contar alguma coisa da banda, seu hitórico e de seus companheiros?

Camilla: Sim, estamos entrando agora no mercado europeu, mas tivemos um bom feedback dos fãs de todo o mundo durante bastante tempo. Nosso registro está sendo distribuído pela Ravenheart Music através da PlasticHead/Code7, que foi uma grande conquista. Nossa canção ", Soulmoon", tem tocado nas rádios européias e asiáticas a alguns anos e também foi destaque em uma estação japonesa, a Transamix, saindo como uma coletânea da mesma. Estou contente de saber que o nosso CD chegou tão longe, mas ainda temos um longo caminho a percorrer. Ravenland foi inspirado na figura mística do corvo, reforçada pelo poema The Raven (Poe), o filme O Corvo (com Brandon Lee) ea canção "Ravenland" (Lake of Tears). Cada membro da banda tem uma influencia musical diferente, que combinados tormam o nosso som muito característico. Nós somos uma família e eu admiro cada um deles.João Cruz, o baixista,é um compositor formado em musica, Fernando Tropz (baterista) e Oliver Banes (guitarrista) são ambos professores de música. Dewindson estudou canto em um conservatório. Nós trabalhamos muito bem juntos.

O "... And A Crow Brings Me Back" foi lançado no Brasil em 2009. Qual tem sido a reação e como tem a banda evoluido nesse tempo desde o seu lançamento?

Camilla: Apesar de ter sido lançado em 2009, foi gravado em 2007. A reação não poderia ser melhor, tanto por parte do público como da imprensa. Ele nos trouxe muitas conquistas e muita experiência. Nós evoluímos muito e esperamos mostrar isso no álbum que estamos trabalhando agora. Estamos procurando uma gravadora para lançá-lo em outros países. Recebemos muitos elogios pelo "... And A Crow Brings Me Back" e esperamos que o novo álbum seja ainda mais aclamado. Todos os comentários foram positivos, as revistas e sites nos deram notas bem elevadas. Nossa capa entrou numa lista dos dez melhores de 2009 ea banda foi considerada uma revelação desse mesmo ano.

O álbum contou com colaborações de Tommy Lindal (ex Theatre of Tragedy) e Ricardo Confessori (Angra). Como isso aconteceu e como foi trabalhar com eles?

Camilla: Tommy nos foi apresentado por um amigo e nós o convidamos imediatamente. Ele está morando no Brasil há algum tempo depois de deixar o Theatre of Tragedy. Eu tive a idéia de convidá-lo depois que ele elogiou uma de nossas músicas. Ele colocou um toque do TOT em duas de nossas músicas, oque foi maravilhoso. Quanto à Confessori, ele foi o nosso produtor. Logo após a pré-produção do álbum nosso baterista teve ferimentos no joelho e deixou a banda, então Confessori se ofereceu para gravar as faixas de bateria, por isso não teriamos que nos apressar na busca de um novo membro. Ele apareceu no momento certo.

Seguindo o mesmo tema, vocês abriram parar o Theatre of Tragedy e fizeram uma participação com Moonspell. Qual foi a sensação de tocar com essas bandas?

Camilla: Foi uma sensação única. Nós acompanhamo estas bandas desde o início. Esses são os momentos que desejamos viver pelo resto de nossas vidas. Pode ser sido pelo próprio show, pela energia do público ou mesmo o fato de estarmos ao lado das pessoas que admiramos

Continuando, quem você gostaria que colaborasse com futuros lançamentos?E se você pudesse escolher qualquer banda para fazer um show com a Ravenland , quem seria e por quê?

Camilla: Hum, há tantos que gostaríamos. Pedro Paixão, o tecladista do Moonspell , concordou em estar no nosso próximo álbum, o que é ótimo. Eu adorei tocar com o TOT e com Anneke van Giersbergen e Danny Cavanagh. Eu gostaria de tocar com Lacuna Coil, Evanescence, Katatonia, Paradise Lost, The Gathering e talvez algumas escolhas diferentes, como Portishead, Bjork, The Cranberries, U2 e Emilie Autumn.

"... And A Crow Brings Me Back" contém um vídeo da música "End of Light" que aparentater sido filmado em uma ruína. O que você pode nos dizer sobre o local, as gravações e da música em si?

Camilla: Nós gravamos o vídeo em um local famoso em São Paulo. Um pequeno castelo que guarda uma história de amor e morte, que pareciam combinar com a tematica da música. Em 1930, o castelo foi o local de um crime que ainda permanece sem resposta. O video clip ainda está passando na MTV aqui no Brasil. O castelo esta sendo ocupado hoje por uma ONG chamada “Mães do Brasil”. Eles ensinam trabalhos manuais para pessoas de baixa renda, a fim de aumentar a sua qualidade de vida.

As faixas de "... And A Crow Brings Me Back" são associadas a uma imagem que reflete tanto a mitologia por trás do nome da banda quanto ao título do álbum. Como isso ajudou a escrever o álbum?E há um enredo ou tema oculto que é executado através das canções?

Camilla: É inspirador, com certeza. Especialmente quando as letras são histórias, mas alguns delas são sentimentos pessoais submerso em metáforas. Chamando o álbum de "... And A Crow Brings Me Back" reflete o fato de que a banda vinha de um hiato que durou três anos.

Falando de histórias, vejo que você le muito. Qual é o seu livro favorito, e se lhe pedissem para escrever um álbum baseado em um único livro, qual você escolheria e por quê?

Camilla: Eu leio muito, de fato. Livros de amor, ainda mais do que os filmes porque eu gosto de formar as histórias e seus personagens na minha cabeça. Eu tenho um monte de favoritos. " Morro dos Ventos Uivantes" (Emily Bronte) realmente me tocou. Então outra vez o mesmo que fizeram "Pequeno Príncipe", "O Retrato de Dorian Gray", "Alice's Adventures in Wonderland" (Lewis Carroll), "Veronika Decide Morrer" (Paulo Coelho), "As Brumas de Avalon" (Marion Zimmer Bradley) , "O Mundo de Sofia" (Jostein Gaarder), "Uma Casa na Escuridão" (José Luis Peixoto), "Noite na Taverna" (Álvares de Azevedo), "Curinga's Day" (Jostein Gaarder), "O Xangô de Baker Street" (Jô Soares), "O Anticristo" (Friedrich Nietzsche). Eles todos se transformam em grandes lançamentos, cada um na sua maneira muito própria. Eu escolheria " Morro dos Ventos Uivantes ", poemas de Florbela Espanca, ou "O Retrato de Dorian Gray".

Existem algumas influências interessante correndo pelas musicas do Ravenland que sugerem alguns gostos amplos dentro da banda. Quais bandas, até agora, os influenciou mais e se você tivesse de recomendar um álbum atual - além do seu ;) - a um amigo ou fã, qual seria e porquê?

Camilla: O gosto é muito amplo entre os membros da banda. Fomos influenciados por muitas bandas e também por diferentes formas de arte. Eu deveria citar as bandas que influenciaram a formação do Ravenland: Moonspell, Type O Negative e Paradise Lost. Eu sempre gostei de The Gathering, além de alguns nomes de outros gêneros, como Portishead e The Cranberries. Eu recomendo "If Then Else" (The Gathering).

Você não só canta na RavenLand como também toca violino e teclado. Podemos conhecer um Strat quando vemos, mas talvez não um Stradivarius. Você pode nos falar um pouco mais sobre o equipamento que você usa e se você tem planos para expandir a quantidade de instrumentos que você toca ?

Camilla: Eu comecei aprendendo a tocar violão, depois a Guitarra, e sempre quis aprender a tocar bateria. Quanto ao teclado aprendi a tocar sozinha, e o usei para escrever as canções. O Violino eu toquei em uma orquestra, e toquei um pouco no álbum. Eu comecei com um Eagle e passei para um elétrico , feito por um 'luthier'. Mas a minha maior paixão é cantar e compor. É assim que me sinto em casa.

Qual show você diria que foi o mais agradável que a RavenLand já fez até hoje, e porque você acha que ele se destacou ?

Camilla: Acredito que o show com a TOT foi incrível. O publico foi inesquecível. Fora esse, outros como o acústico com Anneke
Você tem planos para relançar os EPs ''Back'' e ''Black'' para um publico maior, ou
você está satisfeita em deixá-los no passado e prosseguir?
Camilla: Atualmente não temos planos para relançá-los, talvez um dia... Estamos super ansiosos para mostrar as nossas musicas novas. Agora eu estou respirando o novo álbum.(risos)

Eu li que você espera fazer uma tour pela Europa e Uk no fim desse ano. Há alguma cidade em especial que você deseja tocar quando fizer a tour por aqui?

Camilla: Atualmente, nós adiamos a tour para o ano que vem, para que possamos mostrar o material novo. Nos temos um maneger tour em toda Europa agendando datas. Esperamos poder dar o melhor de nós ai, ir ao Maximo de cidades possível. Os países que já confirmamos são: Portugal, Espanha e Inglaterra, mas queremos mais.

Um corvo te trouxe até aqui - Aonde ele vai levá-la depois ? Que planos você e a banda tem para o resto de 2010 e em 2011 ?

Camilla: Nós estamos trabalhando no estúdio, em um álbum que ainda será nomeado, um novo alguém que esperamos lançar no primeiro trimestre do ano que vem, e esperamos que ele vá mais longe que o anterior. Há também planos para um novo vídeo clipe e para a Tour Européia. Esses são os nossos objetivos.

Obrigado por falar conosco Camila.Há algum assunto que não falamos e você gostaria de acrescentar, a respeito de você ou da banda ?

Camilla: Eu gostaria de agradecer o amor e o apoio que recebemos através da nossa pagina no MySpace. Peço que vocês continuem acessando porque nos teremos novidades em breve. Também nos sigam no twitter.Obrigada Femme Metal. Abraços e beijos.

Fonte: Femme Metal

by: Jeffrey Dead & Barbara Mello

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